Entre o incrédulo, o aparvalhado e o boquiaberto, leio no Diário de Notícias que, numa sessão evocativa do 30º aniversário da morte de Sá Carneiro, conjuntamente promovida pelo PSD e pelo CDS em 4 de Dezembro, vai ser projectado um filme sobre como teria sido Portugal se o desastre de Camarate não tivesse ocorrido com as consequências mortais que se sabe.
É claro que ainda é cedo para antever que carreira internacional estará destinada a este filme, presumindo eu que seja ao mesmo tempo um documentário e uma obra de ficção, mistura de géneros que só por si promete e que, se não fizer chegar a cinematografia portuguesa aos Óscares, talvez, pelo menos, eu possa escrever ao Robert Redford para o aceitar no prestigiado Festival de Sundance.
De qualquer forma, é nestas alturas que não devemos ser mauzinhos nem mesquinhos e antes devemos reconhecer que, se em Portugal há quem consiga fazer um filme com este script, então nem tudo está perdido.
É que, interpelado como teriam sido as coisas em Portugal se Sá Carneiro não tivesse morrido naquele funesto dia, por mais carradas de Ecstasy que me dessem, eu só conseguiria responder isto: se Sá Carneiro não tivesse falecido em 4 de Dezembro de 1980, estaria vivo... ou não.
É que, interpelado como teriam sido as coisas em Portugal se Sá Carneiro não tivesse morrido naquele funesto dia, por mais carradas de Ecstasy que me dessem, eu só conseguiria responder isto: se Sá Carneiro não tivesse falecido em 4 de Dezembro de 1980, estaria vivo... ou não.