25 de fevereiro de 2013

J.C. Espada não está sózinho mas é tão parvinho como outros


Na mesma senda de outros, João Carlos Espada perpetra no Público de hoje a seguinte pérola: «(...) é legítimo perguntar o que significa realmente o retorno da canção de Zeca Afonso no repertório político nacional. Coatumávamos cantá-la , antes do 25 de Abril de 1974, como forma de protesto contra um regime político ditatorial que não respeitava os direitos básicos dapessoa e do cidadão. Vivemos hoje em liberdade e demcoracia constitucional. Vem a propósito usar a canção da liberdade para atacar um governo eleito livremente e livremente sujeito à crítica e escrutínio públicos ?» ; «(...) Quando começa a confundir-se a crítica a um governo e a uma política com a resistência contra a ditadura, algo de fundamental está a ficar confuso».

Por mim, só digo que é notável a má-fe e a patetice desta tirada. O longínquo ex-director de «A Voz do Povo» (UDP) parece não saber que «Grandola Vila Morena», tendo sido uma canção de combate à ditadura fascista, até porque  foi a senha na madrugada libertadora do 25 de Abril de 1974 entrou no imaginário popular mais ampla e profundamente como um símbolo da revolução de Abril, das suas lutas, das suas conquistas e das suas esperanças. E é com essa configuração, ressonância e projecção essenciais que ela hoje é cantada contra o desgraçado governo e a infame política que temos.


16 de fevereiro de 2013

Senhor Bebiano: demonstre lá que o cartaz é mesmo da CGTP



No seu blogue «a terceira noite», Rui Bebiano derrama-se em vastíssimas linhas a esgrimir contra este cartaz que atribui à CGTP embirrando com a referência à «luta organizada» e com variados aspectos estéticos do cartaz a que atribui perversos significados que nem vou discutir.

Por uma simples razão : é que nunca vi nem vejo este cartaz na página da CGTP (o cartaz autêntico (em baixo) foi largamente divulgado em blogues) e cheira-me que se trata apenas de daqueles muitos «produtos» gráficos que hoje em dia qualquer cidadão concebe e põe a circular na Net.

Nestes termos, aguardo ansiosamente que Rui Bebiano preste o serviço público de provar que este cartaz é da autoria e responsabilidade da CGTP. Se não provar e tiver um cisco de honestidade intelectual, então devia dizer aos seus leitores que esteve a escrever contra um alvo errado.


9 de fevereiro de 2013

Parabéns claro mas quem era o director do "Avante!" em 1997 ?



Editorial do Avante! de 30.4.1997

(clicar nas imagens para aumentar)
 Editorial do Avante! de 22.5.1997
Em 1997, o primeiro-ministro do PS era Guterres, não ainda sequer Sócrates, e ainda não havia os 3 PEC's, nem agravamento do Código Laboral de Bagão Félix, nem Memorandos com a troika and so on.

mais editoriais fortemente
 críticos do PS em 1998 aqui