31 de dezembro de 2010
Façam como os "Arcade Fire" cantam: estejam "Ready to Start" !
30 de dezembro de 2010
29 de dezembro de 2010
A caminho de um novo ano e dos ásperos desafios que ele encerra, por enquanto apreciemos duas canções dos Lynyrd Skynyrd, de Jackonsville, Florida, EUA.
27 de dezembro de 2010
"What a Wonderful World" ? Pelo menos Nick Cave e Shane MacGowan acham que sim e, na voz deles, até parece que sim, que é.
Atenção aos vídeos anexos
23 de dezembro de 2010
22 de dezembro de 2010
Ó Bava, e que tal se fosses dar uma voltinha à Praça de Cibeles ?
No Diário de Notícias de hoje, mais exactamente aqui, pode ler-se o seguinte : «O presidente da PT afirmou hoje que os dividendos a distribuir este ano pelos accionistas resultam de uma "operação extraordinária" que foi a venda da Vivo, não representando uma distribuição de lucros normal."É um dividendo extraordinário, nós tivemos uma operação extraordinária. Não estamos a distribuir dividendos ordinários", disse o presidente executivo da PT, Zeinal Bava, em declarações aos jornalistas à margem de uma cerimónia sobre solidariedade social.»
Eu juro que não tenho nada nem contra a Espanha nem contra os espanhóis (até já aqui vos falei da minha namorada Carmen, essa deslumbrante catalã do meu coração) mas francamente o Zeinal Bava bem podia ir dar uma voltinha à Praça de Cibeles em vez de nos contar histórias da carochinha.
Na verdade, não está na cara que o negócio da Vivo faz parte das actividades e negócios da PT em 2010 e, assim sendo, tem de entrar forçosamente no Relatório e Contas desta empresa que há-de vir a ter a data de 31 de Dezembro de 2010 ?
E já agora, por mais «extraordinária» que tenha sido a «operação» e mais «extraordinários» que tenham sido os dividendos relativos à venda da Vivo, acaso haveria lugar à sua distribuição se o resto da PT apresentasse em 2010 calamitosos resultados financeiros ou estivesse por absurdo à beira da falência ?.
Pelos vistos, Zeinal Bava não sabe o que é a «especialização de exercícios». Mas, suprema ironia e símbolo das coisas kafkianas que acontecem com a Entidade de Fiscalização das Contas dos Partidos, já o PCP é chateado por esta entidade por não ter incluido nas contas de 2007, que já estavam entregues, o valor de quotas dos militantes recebidas com natural atraso em anos posteriores, sem que essa entidade ou o Tribunal Constitucional se dêem ao luxo de explicar caridosamente como se deveria então ter feito.
20 de dezembro de 2010
O "Maradona" caseiro também mete golos com a mão
Pois é, essa petite coqueluche da blogosfera nacional que, modestamente, adoptou o pseudónimo de "Maradona" (e que tão ternos mimos recebe da Fernanda Câncio, ai que inveja), em digressão a própósito da atribuição de mais um prémio a Álvaro Siza Vieira, acaba de também ele meter um golo com a mão.
Repare-se então neste pedaço da sua prosa: «gostei que ele tivesse aceite aceitar o interesseiro prémio, ainda para mais com a presença do Presidente da República o Professor Doutor Anibal António Cavaco Silva (em quem votarei) e da cabra da sua mulher, que (estes sim) teriam feito muito melhor em não se associar a estas hecatombes masturbatórias que eles, aliás, no íntimo desprezam e não compreendem; os comunistas, com o Álvaro Cunhal à cabeça, têm a estúpida mania de recusar ostensivamente as honrarias da sociedade burguesa, como se a aceitação de uma homenagem os corrompesse mais que a sua rendição à conjuntura que lhes permitiu desenvolver a sua arte. Até nisso o Siza Vieira me parece uma pessoa melhor que as outras, com certeza muito melhor que os outros comunistas, pessoas que, regra geral, são más.»
Indo directo aos quesitos, pura e simplesmente, Maradona efabulou quando resolveu sentenciar ou decretar a existência daquela estúpida mania dos comunistas. É verdade que, salve erro, Álvaro Cunhal indiciou declinar qualquer condecoração mas também é verdade é que nunca foi proposto para qualquer uma. E, depois, acresce, que a teoria da «mania» como querendo significar um comportamento geral não tem o mais pequeno fundamento, pois para já não falar de prémios literários mesmo em relação a condecorações no 25 de Abril ou no 10 de Junho não faltam militantes do PCP ou personalidades da área do PCP que as aceitaram.
Dir-se-á que no imensíssimo conjunto de condecorados são muito poucos os comunistas que recebem galardões (no caso da Ordem da Liberdade, a discriminação é clamorosa) mas essa já é outra história que tem origem em quem atribui e não em quem recebe.
E, pronto, quanto a aceitar prémios ou condecorações, sempre achei pode haver sempre boas razões para uma coisa ou outra, que ninguém deve julgar os outros e que cada um é que deve decidir de acordo com a sua reflexão individual.
Golo com a mão, portanto, este do Maradona da causa modificada ou estragada, já não sei bem. Só que aqui não foi a «mão de Deus», quando muito terá sido a «mão da ligeireza».
18 de dezembro de 2010
Teixeira dos Santos, figura nacional do ano para o "Expresso" e o "Público". Parece que se distinguiu. Pena que não fosse para o bem.Ai, que bela imprensa de «referência» que temos !
Nota final:
Caro Eduardo Catroga,
tu bem tiraste a fotografia
com o telemóvel mas não
te serviu de nada, ministro
tu bem tiraste a fotografia
com o telemóvel mas não
te serviu de nada, ministro
é ministro.
Mas não desesperes:
atrás de tempo,tempo vem.
atrás de tempo,tempo vem.
Bom Natal
Coitado do Eduardo Pitta, foi preciso falar-se em tráfico de órgãos para descobrir quem é Hashim Thaci, agora primeiro-ministro do Kosovo e afamado bandido e terrorista que já deu muito jeito no passado
Com imperdoável atraso, só agora descubro que Eduardo Pitta brindou há dias os seus leitores com este inesquecível post, façam favor de ler:
«Hashim Thaci, primeiro-ministro do Kosovo (na foto, à esquerda), is the head of a mafia-like Albanian group responsible for smuggling weapons, drugs and human organs through eastern Europe, according to a Council of Europe inquiry report on organised crime. [...] Figures from Thaçi's inner circle are accused of secretly taking captives across the border into Albania after the war, where a few Serbs are said to have been murdered for their kidneys, which were sold on the black market. É isto a Europa do século XXI ?»
Lendo isto da parte de um intelectual tido como atento e bem informado, a única pergunta que apetece fazer é quantos anos andou Pitta distraído sobre o problema do Kosovo (a tal província que uma Resolução da ONU ao príncipio jurava ser parte da «integridadde territorial da Jugoslávia» ) e quantos anos andou a leste dessa sinistra personagem de seu nome Hashim Thaci, primeiro chefe do bando UÇK (que chegou a estar na lista de organizaçºões terroristas da UE) e agora, com todas as benções do costume é primeiro-ministro do Kosovo.
Eu não sou considero a Wikipédia a nova Biblia da Internet mas até aí o poeta, agora meu conterrâneo segundo julgo, bem podia ter aprendido alguma coisinha sobre o passado do tal Thaci.
«(...) 30 ans à peine quand il prend la tête de l'aile politique de l'Armée de Libération du Kosovo (UCK), pendant l'été de 1998, qui lutte contre les forces du régime de Slobodan Milosevic pendant la guerre du Kosovo (1998-1999). Il s'auto-proclame alors Premier ministre officieux du gouvernement provisoire du Kosovo, que Belgrade refuse de reconnaître. Soutenu par Washington et l'OTAN[2], l'UCK se renforce en 1997 pour contrôler en mai 1998, un quart du territoire du Kosovo[réf. nécessaire]. Athée, Thaçi écarte, lors du conflit, les islamistes étrangers (Saoudiens, Iraniens), qui tentaient de s'imposer au Kosovo comme ils l'avaient fait en Bosnie au début des années 1990[1].
Éliminant ses rivaux au sein de l'UCK, il place des proches aux postes-clé du gouvernement[3]. À la tête de la délégation des indépendantistes kosovars lors de la conférence de Rambouillet (1999), il s'affirme comme modéré au sein de l'UCK, ce qui lui vaut le soutien de Washington. Il est néanmoins remarqué par la secrétaire d'État Madeleine Albright en raison de son refus de signer un accord ne prévoyant pas explicitement un référendum d'indépendance[1].
On le soupçonne d'avoir ordonné, en 1997-1998, un certain nombre d'assassinats contre ses rivaux en conjonction avec les services secrets albanais[2], dont le journaliste Ali Uka, mort en juin 1997[2] ; Ilir Konushevci, tué en avril 1998 quelques jours après avoir accusé Thaçi de profiter personnellement du trafic d'armes à destination de la guérilla[2] ; ou Ahmet Krasniqi, dirigeant des Forces armées de la République du Kosovo, un groupe paramilitaire rival de l'UCK soutenu par Bujar Bukoshi, Premier ministre en exil du gouvernement d'Ibrahim Rugova[2]. Thaçi tout comme James Rubin, le porte-parole du département d'État américain, ont nié cela, Rubin affirmant qu'il n'avait aucune preuves d'un « programme d'assassinats ou d'exécutions dirigé par le commandement » de l'UCK[2]. Bujar Bukoshi affirmait quant à lui que « les cadavres n'avaient jamais été un obstacle dans la carrière de Thaçi »[2].
Thaci com Madeleine Albright
17 de dezembro de 2010
Contribuição para o debate sobre WikiLeaks: o testemunho no Congresso dos EUA de Tom Blanton, director do National Security Archive
Resumo do testemunho prestado perante uma comissão do Congresso dos EUA sobre WikiLeaks por Tom Blanton, director do National Security Archive da Universidade de Georgetown (entidade de meritória actividade mas até aqui "condenada" a revelar documentos classificados só 30 anos depois e muitas vezes com rasuras).
«Washington, DC, December 16, 2010 - Efforts to tighten the secrecy system and crackdown on leakers and the media will be "fundamentally self-defeating," according to
Thomas Blanton, executive director of the National Security Archive, who testified today before the House Committee on the Judiciary. During the first Congressional hearing in the aftermath of "Cablegate" and the Wikileaks release of State Department documents, Blanton urged that lawmakers take a reasoned view of the issues raised by the leaks and not to "overreact."
Thomas Blanton, executive director of the National Security Archive, who testified today before the House Committee on the Judiciary. During the first Congressional hearing in the aftermath of "Cablegate" and the Wikileaks release of State Department documents, Blanton urged that lawmakers take a reasoned view of the issues raised by the leaks and not to "overreact."
"There is more heat than light," Blanton stated, citing calls for broadening the Espionage Act and assassinating Wikileaks leader, Julian Assange. Hasty punitive reactions, he predicted, "will actually produce more leaks, more crackdowns, less accountable government, and diminished security."
"History shows we end up doing more damage from the overreaction than from the original leak," according to Blanton.
Blanton reminded lawmakers that the Nixon administration had once considered firebombing the Brookings Institution building to destroy a copy of the Pentagon Papers, and that President Gerald Ford had vetoed the Freedom of Information Act in reaction to government leaks--only to be overruled by the U.S. Congress.
"The real danger of 'Wikimania' is that that we could revert to Cold War notions of secrecy, to the kind of stovepipes and compartments that left us blind before 9/11," Blanton said. He called on lawmakers to protect the First Amendment, rather than adopt a "Chinese model of state control" of information.
"Those voices who argue for a crackdown on leakers and publishers need to face the reality that their approach is fundamentally self-defeating because it will increase government secrecy, reduce our security, and actually encourage more leaks from the continued legitmacy crisis of the classification system," Blanton concluded.
16 de dezembro de 2010
Após renhida disputa, o Prémio Ensaio sobre a Cegueira 2010 vai para Esther Mucznick. Ver valor do prémio no fim.
Passado este tempo todo, Esther Mucznick,
ainda consegue escrever no "Público" de hoje:
«Haverá um antes e um depois do caso WikiLeaks?
Em minha opinião, sim. Não que Julien
Assange seja pioneiro na revelação de
segredos oficiais; nem tão poco pelo conteúdo
dos mesmos, os quais, como se tem visto
ao longo da difusão dos telegramas,
nada trazem de substancialmente novo,
nem de escandaloso».
ainda consegue escrever no "Público" de hoje:
«Haverá um antes e um depois do caso WikiLeaks?
Em minha opinião, sim. Não que Julien
Assange seja pioneiro na revelação de
segredos oficiais; nem tão poco pelo conteúdo
dos mesmos, os quais, como se tem visto
ao longo da difusão dos telegramas,
nada trazem de substancialmente novo,
nem de escandaloso».
Chega agora o emocionante momento de anunciar
que o Prémio Ensaio sobre a Cegueira 2010 consiste
em obrigar Esther Muznick a escrever 100 vezes
que o Prémio Ensaio sobre a Cegueira 2010 consiste
em obrigar Esther Muznick a escrever 100 vezes
num caderninho escolar a seguinte frase:
«Não quero ler, não quero ouvir,
não quero ver e não quero saber».
«Não quero ler, não quero ouvir,
não quero ver e não quero saber».
15 de dezembro de 2010
14 de dezembro de 2010
Pois é, filhos, mas o tempo não volta para trás ou proposta de uma negociação nacional
Cartoons carinhosamente dedicados aos jornalistas, bloggers e comentadores nacionais que, passado este tempo todo, continuam a achar que os cables divulgados pela WikiLeaks são mera coscuvilhice sem interesse real e também aos jornalistas, bloggers e comentadores portugueses que acham que se trata de uma gravíssima revelação de segredos de Estado.
Com uma proposta construtiva para estas duas correntes de opinião: a de que, talvez no propício dia de Natal, realizem entre si uma conferência de negociação, sem recurso a computadores ops!, para verem se se entendem.
Com uma proposta construtiva para estas duas correntes de opinião: a de que, talvez no propício dia de Natal, realizem entre si uma conferência de negociação, sem recurso a computadores ops!, para verem se se entendem.
12 de dezembro de 2010
Um republicano americano que irritará J. M. Fernandes e 'WikiRebels' - um documentário da televisão sueca
SURPRISE ! A opinião do
republicano Ron Paul
NO NYT:«As The Lede noted last week, Mr. Paul has also defended the publication of the leaked cables on his Twitter feed, writing: “Re: Wikileaks – In a free society, we are supposed to know the truth. In a society where truth becomes treason, we are in big trouble.”
republicano Ron Paul
NO NYT:«As The Lede noted last week, Mr. Paul has also defended the publication of the leaked cables on his Twitter feed, writing: “Re: Wikileaks – In a free society, we are supposed to know the truth. In a society where truth becomes treason, we are in big trouble.”
In his speech to the House on Thursday, Mr. Paul compared the publication of the leaked cables by WikiLeaks to the publication of the Pentagon Papers in 1971, which the Supreme Court ruled to be legal at the time. He concluded by asking nine questions he said were raised by the leaks and the outcry against Mr. Assange.
Do the America people deserve know the truth regarding the ongoing war in Iraq, Afghanistan, Pakistan and Yemen?
Could a larger question be, How can an Army private gain access to so much secret information?
Why is the hostility mostly directed at Assange, the publisher, and not our government’s failure to protect classified information?
Are we getting our money’s worth from the $80 billion dollars per year we spend on intelligence gathering?
Which has resulted in the greatest number of deaths: lying us into war or WikiLeaks revelations or the release of the Pentagon Papers?
If Assange can be convicted of a crime for publishing information that he did not steal, what does this say about the future of the First Amendment and the independence of the Internet?
Could it be that the real reason for the near-universal attacks on WikiLeaks is more about secretly maintaining a seriously flawed foreign policy of empire than it is about national security?
Is there not a huge difference between releasing secret information to help the enemy in a time of declared war, which is treason, and the releasing of information to expose our government lies that promote secret wars, death and corruption?
Was it not once considered patriotic to stand up to our government when it’s wrong? »
Como diria o velho Twain, o título parece-me um pouco exagerado mas deve valer a pena ler
Fala o autor: «À la chute du mur de Berlin en 1989, le capitalisme triomphait : privé d’ennemis, il cessait d’être un système économique parmi d’autres pour devenir la manière unique dont un système économique pouvait exister. En 2007, dix-huit ans seulement plus tard, autrement dit pratiquement au même moment à l’échelle de l’histoire humaine, il devait être aspiré lui aussi dans le maelström d’une destruction prochaine. Le capitalisme est aujourd’hui à l’agonie. Qu’a-t-il bien pu se passer ?
A posteriori, les dix-huit ans qui séparent la chute du capitalisme de marché à l’occidentale de celle du capitalisme d’État de type soviétique, apparaîtront anecdotiques, et les explications produites durant ces dix-huit années pour expliquer la supériorité intrinsèque du système qui a survécu de peu à son rival, anecdotiques elles aussi. L’Histoire retiendra l’ironie de cette conjonction. Une hypothèse rarement émise s’impose du coup : capitalisme et communisme furent-ils terrassés par le même mal ? La cause alors serait la complexité : l’organisation des sociétés humaines atteindrait un seuil dans la complexité au-delà duquel l’instabilité prendrait le dessus et la fragilité étant devenue excessive, le système courrait à sa perte.
Une autre explication éventuelle est que le capitalisme avait besoin de l’existence d’un ennemi pour se soutenir. L’existence d’une alternative vers laquelle les citoyens des démocraties pourraient se tourner par leur vote aurait maintenu le capitalisme dans les limites d’une certaine décence de la part de ceux qui bénéficient essentiellement de son fonctionnement. En l’absence de cette alternative, ses bénéficiaires n’auraient pas hésité à pousser encore plus leur avantage, déséquilibrant le système tout entier, et le menant tout droit à sa perte.
Autre explication possible encore : du fait du versement d’intérêts par ceux qui sont obligés de se tourner vers le capital, c’est-à-dire d’emprunter, pour réaliser leurs objectifs en termes de production ou de consommation, le capitalisme engendrerait inéluctablement une concentration de la richesse telle que le système ne pourrait manquer de se gripper tout entier un jour ou l’autre.
Entre ces hypothèses, il n’est pas nécessaire de choisir : les trois sont vraies, chacune à sa façon, et ont conjugué leurs effets dans la première décennie du XXIe siècle. Et c’est cette rencontre de facteurs mortifères qui explique pourquoi nous ne traversons pas en ce moment l’une de ces crises du capitalisme qui lui sont habituelles depuis deux siècles mais sa crise majeure, celle de son essoufflement final, et pour tout dire, celle de sa chute.
Nous examinerons les différents moments d’une époque qui voit une immense machine, ralentir d’abord, avant de s’arrêter.
Cette particularité nouvelle de l’absence d’un concurrent sérieux au capitalisme nous interdit de nous représenter avec clarté ce qui viendra à sa suite. Pour nous aider, il faut réfléchir à ce que nous entendons par ce bonheur que nous nous souhaitons à nous-mêmes, à nos enfants et aux enfants de nos enfants ; nous examinerons aussi la contradiction qui existe entre deux soucis dont ni l’un ni l’autre ne nous semble pouvoir être sacrifié : l’éthique, la vie morale, et la propriété privée, le droit de posséder, sans que cette possession ne puisse être légitimement remise en cause ; nous analyserons ce que signifie un monde où le travail devient rare mais où nous avons encore besoin pour vivre des revenus qu’il procure.
Certains phares de la pensée humaine avaient deviné que notre espèce se trouverait un jour confrontée à des questions sinon insolubles, exigeant du moins qu’elle amorce un tournant du même ordre de grandeur que celui qui nous fit passer du paléolithique au néolithique, ou des sociétés agraires aux sociétés industrielles. Nous tenterons de tirer profit de la réflexion de Robespierre, Saint-Just, Hegel, Marx, Lévy-Bruhl, Freud et Keynes, en particulier.»
11 de dezembro de 2010
Lembrando o que alguns querem esquecer: directamente de boingboing.net," Wikileaks and the El-Masri case: Innocent CIA torture victim more than just a leaked cable"
«When Wikileaks released thousands of classified US diplomatic cables this week, a familiar criticism was repeated by the project's foes: these leaks could harm innocent people. There's no evidence of that yet, but within the documents there is evidence the American government has harmed innocent people.
One of them is Khaled El-Masri, a German citizen of Lebanese descent, and a victim of so-called "extraordinary rendition." He was a car salesman in Germany, a father of six. The CIA kidnapped him by mistake (his name sounds and looks identical to that of an actual terror suspect), and sent off to receive months of torture in Afghanistan.
When the CIA realized he was innocent, he was flown to Albania and dumped on a back road without so much as an apology.
El-Masri's futile efforts at receiving justice in the U.S. are well-known, but the cables published this week by Wikileaks include revelations the U.S. also warned German authorities not to allow a local investigation into his kidnapping and abuse.
The nearest he's gotten to justice is an arrest warrant for 13 CIA agents issued by prosecutors in Spain, which they entered on forged passports.
In this video, originally part of the Witness.org documentary OUTLAWED, El-Masri relates his experiences. Boing Boing presented a portion of this documentary on our video channel back in 2008; the documents brought to light by Wikileaks provide an opportunity to revisit the story with new context.»
9 de dezembro de 2010
Continua a árdua batalha do governo PS pelo «Estado Social»: trabalhadores para a rua e com menores indemnizações. É fartar vilanagem !
Pois é, caríssimos leitores: não são precisos grandes comentários, basta ler estes parágrafos da notícia do «Público» de hoje:
«Governo admite reduzir indemnizações pagas pelas empresas em caso de despedimento -As pressões de Bruxelas parecem estar a surtir efeito. O Governo prepara-se para discutir com os parceiros sociais uma redução das indemnizações pagas aos trabalhadores em caso de despedimento. O objectivo de reduzir os custos suportados pelas empresas, mas a forma como isso irá efectivar-se é ainda uma incógnita.
"É uma matéria em aberto", frisou ontem o líder da UGT, João Proença, no final de um encontro com o primeiro-ministro para discutir uma agenda para a competitividade, o crescimento e o emprego. Já Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, que também se reuniu com José Sócrates, garante que "o Governo não abriu o jogo".
Em causa poderá estar a indemnização paga aos trabalhadores que são alvo de despedimento colectivo ou que rescindem o contrato por mútuo acordo. O actual Código do Trabalho estabelece que a empresa deve pagar, no mínimo, um mês por cada ano de trabalho.
Embora o Governo não tenha dado pormenores sobre as alterações que pretende fazer, uma das hipóteses poderá passar pela criação de um limite máximo para o valor da indemnização - uma exigência que os patrões já colocaram por diversas vezes na mesa da concertação social sem qualquer efeito.
A redução dos custos com os despe- dimentos foi uma das recomendações que a Comissão Europeia fez a Portugal na semana passada. O porta-voz do comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, disse ao Jornal de Negócios que Bruxelas aconselha o Governo a reduzir "substancialmente" as indemnizações que as empresas têm que suportar quando despedem um trabalhador.»
E pronto, ora é só lembrar que o que não muda de certeza é aquela situação dos gestores públicos que, uma vez despedidos, ganham a integralidade dos seus salários até ao fim do mandato que tinham e que, à saida da reunião onde manifestaram este infame propósito, José Sócrates e Vieira da Silva ostentavam, segundo foto no «Público», umas carinhas muito sorridentes.
6 de dezembro de 2010
Vem aí a 9ª ? Porra, ainda se fosse a bela Sinfonia de Beethoven !!!
Eu compreendo perfeitamente que nenhum partido se possa opôr, moderada ou frontalmente,à constituição de uma nova comissão paralamentar de inquérito a Camarate. Na verdade, apesar de tratar do 9º (nono!) episódio de um cansativo, maçador, absurdo e insuportável folhetim, talvez ainda haja o risco de funcionar a acusação de que quem não quiser uma nova comissão de inquérito é porque não quer apurar «a verdade».
Mas como um cidadão comum felizmente não está sujeito aos condicionalismos que pesam sobre os partidos, eu por mim quero declarar para a acta da blogosfera que estou farto até mais não de tanta hipocrísia, de tanto fingimento e de tanta instrumentalização política rasteira.
Desde logo porque estas comissões de inquérito a Camarate sempre representaram a grave excepcionalidade de se debruçarem sobre matéria exclusivamente do foro criminal e que, mal ou bem, teve o seu curso e desfecho na justiça,representando aquilo que em termos de inquéritos parlamentares mais se aproximou de uma espécie de justiça paralela, sem entretanto ter de obedecer às respectivas regras processuais.
E, depois, porque se há coisa que dá voltas ao estomâgo de um cidadão dotado de um mínimo de bom senso e rectidão de espírito é assistir, durante décadas, ao mais longo voo de abutres políticos por cima do cadáver de uma personalidade política.
Mas como um cidadão comum felizmente não está sujeito aos condicionalismos que pesam sobre os partidos, eu por mim quero declarar para a acta da blogosfera que estou farto até mais não de tanta hipocrísia, de tanto fingimento e de tanta instrumentalização política rasteira.
Desde logo porque estas comissões de inquérito a Camarate sempre representaram a grave excepcionalidade de se debruçarem sobre matéria exclusivamente do foro criminal e que, mal ou bem, teve o seu curso e desfecho na justiça,representando aquilo que em termos de inquéritos parlamentares mais se aproximou de uma espécie de justiça paralela, sem entretanto ter de obedecer às respectivas regras processuais.
E, depois, porque se há coisa que dá voltas ao estomâgo de um cidadão dotado de um mínimo de bom senso e rectidão de espírito é assistir, durante décadas, ao mais longo voo de abutres políticos por cima do cadáver de uma personalidade política.
Quase no fim, aproveito para esclarecer que, de acordo com a pesquisa que fiz, não é verdade aquilo que agora quase todos os dias se repete de que as conclusões da 8ª Comissão foram unânimes, pois o PCP nunca votou favoávelmente o ponto respeitante à conclusão sobre a existência de um atentado.
Mas sei que tudo isto é triste e que tudo isto é fado.
4 de dezembro de 2010
Há 30 anos, Sá Carneiro morria. Sim, paz à sua alma. Sim, respeito pela dor dos seus familiares e de todos os que apoiavam a sua acção política. Mas recorde-se a sua última (e desesperada ?) jogada política.
Tempo de antena da candidatura do General Soares Carneiro que não chegou a ser transmitido mas cujo conteúdo mais desenvolvido tinha sido transmitido em 4 de Dezembro nos telejornais pois esta comunicação era uma síntese da conferência de imprensa dada em Lisboa por Sá Carneiro nesse dia.
E apenas mais isto: passam hoje, 4 de Dezembro, 30 anos sobre o acidente de Camarate mas, se não me engano nas contas, passam também exactamente trinta anos sobre o sábado - dia de reflexão - em que se realizou com uma longa cobertura em directo pela RTP o funeral de Sá Carneiro, precisamente na véspera da votação presidencial de 7 de Dezembro.
Eu tinha então apenas 16 anos e, vejamos agora o outro lado da história, do que nunca me esquecerei sobre aquele sábado foi da angústia, do nervosismo e do olhar dorido pela incerteza do meu pai, votante de Ramalho Eanes após Carlos Brito, candidato do PCP, ter desistido a seu favor.
Pois é, a cada um as suas memórias.
2 de dezembro de 2010
Sim, agora eu também quero e vocês também devem querer o que a PT e JM quiseram e os deputados do PS, PSD e CDS hoje lhes deram na Assembleia da República
Está consumado aquilo que boas e caridosas almas ainda tinham esperança que um cisco de vergonha na cara impedisse: os deputados do PS, do PSD e do CDS chumbaram o projecto de lei do PCP para desmanchar e frustar a habilidade da PT e de outros grupos em anteciparem a distribuição dos dividendos de 2010 já para este ano, como forma de se furtarem às disposições fiscais contidas no Orçamento para 2011.
De caminho, devo dizer que ouvi na rádio, um dos deputados do PS que se absteve ou apresentou declaração de voto (mas não fixei qual)a declarar que estava de acordo com a intenção do projecto de lei do PCP embora este fosse «atabalhoado». A este respeito, só quero deixar uma inocente pergunta: « e porque razão o senhor deputado do PS que disse isto não se tirou das suas tamanquinhas e não congeminou e apresentou ele um projecto que não fosse «atabalhoado» ?
Mas não é isso que me traz aqui hoje. O que eu venho dizer é que acho que eu e todos os trabalhadores por conta de outrém que pagamos IRS também temos direito a um tratamento similar ao que a PT, a Jerónimo Martins e outras empresas acabaram por conseguir.
Na verdade, se estas empresas, ainda antes de apresentarem, os clássicos Relatórios e Contas referentes ao ano de actividade precedente que termina em 31 de Dezembro de 2010 já conseguem saber que dividendos vão distribuir, então todos nós também conseguimos calcular o que ainda vamos receber até 31 de Dezembro de rendimentos de trabalho e outros elementos da habitual declaração fiscal.
E, como conseguimos, também deviamos ter todo o direito de poder apresentar já até ao final do ano as nossas declarações fiscais às quais, como a PT e outras empresas fizeram com os dividendos, se aplicariam as taxas fiscais em vigor em 2010 e não as mais gravosas previstas no Orçamento para 2011.
Há para aí alguma pena inspirada que redija uma petição neste sentido ?
1 de dezembro de 2010
WikiLeaks ou como eu me lembrei dos irmãos Lumiére ou ainda como eu e Carmen fomos vingados pelo Julian Assange
Podem chamar-me calhandreiro ou declarar-me um irresponsável que não preza os superiores designios da segurança internacional (que, como é sabido, se confunde com a segurança dos EUA), mas este caso da divulgação pela WikiLeaks de telegramas diplomáticos emitidos pelas embaixadas dos EUA no mundo, deu-me duas grandes satisfações.
A primeira deriva desde logo dessa coisa sensacional que é ver os maiores espiões do mundo a não gostarem de serem espiados o que, de imediato, me deu a vontade acima concretizada, de homenagear os irmãos Lumiére e o seu «L'arroseur arrosé».
A segunda é que, ao contrário da generalidade da imprensa, me lembrei de uma coisa chamada ECHELON que a Wikipédia descreve assim, para quem não se lembrar:
«Echelon est un nom de code utilisé pendant de nombreuses années par les services de renseignements des États-Unis pour désigner une base d'interception des satellites commerciaux. Par extension, le Réseau Echelon désigne le système mondial d'interception des communications privées et publiques (SIGINT), élaboré par les États-Unis, le Royaume-Uni, le Canada, l’Australie et la Nouvelle-Zélande dans le cadre du traité UKUSA.
Le réseau Echelon est géré conjointement par les services de renseignements des États membres du UKUSA :- la NSA (National Security Agency) pour les États-Unis qui en est le principal contributeur et utilisateur ;
- le GCHQ (Government Communications Headquarters) pour le Royaume-Uni ;
- le CST (Centre de sécurité des télécommunications) pour le Canada ;
- le GCSB (Government Communications Security Bureau) pour la Nouvelle-Zélande.
C’est un réseau global, appuyé par des satellites artificiels, de vastes bases d’écoutes situées aux États-Unis, au Canada (à Leitrim), au Royaume-Uni (à Morwenstow), en Australie (à Pine Gap) et en Nouvelle-Zélande (à Waihopai), des petites stations d'interception dans les ambassades, et le sous-marin de classe Seawolf USS Jimmy Carter, entré en service en 2005 pour écouter les câbles sous-marins de télécommunications.
Il intercepte les télécopies, les communications téléphoniques, les courriels et, grâce à un puissant réseau d’ordinateurs, est capable de trier en fonction de certains termes les communications écrites et, à partir de l’intonation de la voix, les communications orales.»
Estação de intercepção do Echelon no Reino Unido
Ora acontece que eu e a minha namorada Carmen, uma espanhola inesquecível, nos sentimos hoje muito bem vingados graças ao senhor Julian Assange e à WikiLeaks.
É que, por causa do Echelon, em sms, telefonemas e mails, entre outras coisas de duvidoso gosto, ela tinha deixado de me chamar «meu binladenzinho querido», eu tinha deixado de lhe chamar «minha bomba gostosa» e ambos tinhamos deixado de mencionar as saudades das nossas «explosões».
Ela está em Barcelona mas já combinámos uma grande festança sem a Dona Constança para celebrar, em Madrid (a meio caminho, percebem), esta nossa saborosa vingança.
29 de novembro de 2010
Uma pequena e graciosa ajuda ao "Público" que está tão inquieto com a isenção da Wikileaks
Obrigado, como toda a imprensa mundial, a dar grande destaque às mais recentes revelações da Wikileaks, o «Público», em editorial, faz um esforço para compôr ou ajeitar o ramalhete. Com uma perspicácia digna de nota, aquele texto levanta a magna questão de que «a assimetria por detrás destas fugas não pode ser ignorada. Ficámos a conhecer os segredos dos EUA, mas será a Wikileaks capaz de nos revelar os segredos do Irão, da China ou de qualquer outro país ?». E como se isto já não bastasse conclui ainda :« Estará Julian Assange interessado em furar os segredos diplomáticos de Teerão, Pequim ou Berlim, ou será Washington o único alvo do australiano ? Neste caso, a transparência está a ser filtrada por uma intenção».
Perante esta prosa e estas preocupações do editorial do «Público», o que mais dá vontade é de perguntar se, por sistema, em matéria de divulgação de broncas, esquemas ou escândalos, o «Público» sempre faz esta exigência de diversificação de alvos. Por mim, não creio.
Depois, não estando dentro da cabeça do sr. Assange, há uma coisa que eu sei e que talvez possa ajudar o «Público»: é que, no mundo de hoje, e questões ecionómicas não mudam isso, só há uma super-potência e chama-se Estados Unidos da América, por sinal, o único país que está presente militarmente em quase todo o mundo e que mantém a ocupação de dois países estrangeiros, coisa que manifestamente não acontece com a China, como o Irão ou com a Alemanha.
Assange tem uma «intenção» ? É bem provável. E depois ? Também este editorial do «Público» a tem, ou não ?
28 de novembro de 2010
Falta saber se o FMI está pronto a governar com ele !
Para além do título deste «post» e da referência lateral a como é apropriada a colocação de mãos de Pedro Passos Coelho, o que eu hoje verdadeiramente quero é remar decidida e furiosamente contra a tumultuosa corrente que anda para aí a diabolizar o Fundo Monetário Internacional.
Na verdade, não sei o que se passa nestas cabecinhas pensadoras. Será que não sabem que, desde pelo menos há um ano ou mais, o FMI é dirigido pelo «camarada» do PS português, nem mais nem menos que o «socialista» francês Dominique Strauss-Kahn que, ainda há dias declarou, para grande sossego e alegria de todos nós, que o combate prioritário inha de ser pela «criação de empregos» ?
Na verdade, não sei o que se passa nestas cabecinhas pensadoras. Será que não sabem que, desde pelo menos há um ano ou mais, o FMI é dirigido pelo «camarada» do PS português, nem mais nem menos que o «socialista» francês Dominique Strauss-Kahn que, ainda há dias declarou, para grande sossego e alegria de todos nós, que o combate prioritário inha de ser pela «criação de empregos» ?
Bolas, há gente que nunca está contente ! Querem melhor garantia do que esta ?
26 de novembro de 2010
Não, naquela zona (duas Coreias), não ponho as mãos no fogo por ninguém, mas lembrei-me do "USS Maddox Incident". Sabem o que foi ?
Eu juro que não faço a mínima ideia se foram os norte-coreanos ou os sul-coreanos e os americanos (naquela altura em inocentes manobras navais na fronteira marítima com a Coreia do Norte) quem disparou primeiro na recente confrontação de artilharia registada entre os dois países.
Mas impressionou-me e achei extraordinário que, imediatamente, em Porugal e à escala universal, quase toda a gente desse por certo que tinha sido a Coreia do Norte.
E, então, lembrei-me de ter lido nalgum lado que, em Agosto de 1964, os EUA anunciaram ao mundo que o seu torpedeiro "USS Maddox" tinha sido atingido por torpedos lançados por navios do Vietname do Norte e que toda a imprensa americana e quase mundial deram de barato que assim era, que tinham sido os norte-vietnamitas a atacar a embarcação americana. O que deu muito jeito, porque Lyndon Johnson fez logo aprovar pelo Congresso uma poderosa intensificação do envolvimento militar dos EUA no Vietname.
O caso ficou conhecido como o "USS Maddox Incident" ou «Gulf of Tonkin Incident" (ler aqui). Anos mais tarde, investigações independentes e documentos divulgados pelo National Security Archive demonstraram sem margem para dúvidas que se tratou de uma montagem norte-americana de um pretexto para aumentar a sua participação na guerra do Vietname.
Atenção: eu não juro por nada. Só aviso que, às vezes, demora a saber-se a verdade.
O caso ficou conhecido como o "USS Maddox Incident" ou «Gulf of Tonkin Incident" (ler aqui). Anos mais tarde, investigações independentes e documentos divulgados pelo National Security Archive demonstraram sem margem para dúvidas que se tratou de uma montagem norte-americana de um pretexto para aumentar a sua participação na guerra do Vietname.
Atenção: eu não juro por nada. Só aviso que, às vezes, demora a saber-se a verdade.
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