4 de dezembro de 2010

Há 30 anos, Sá Carneiro morria. Sim, paz à sua alma. Sim, respeito pela dor dos seus familiares e de todos os que apoiavam a sua acção política. Mas recorde-se a sua última (e desesperada ?) jogada política.



Tempo de antena da candidatura do General Soares Carneiro que não chegou a ser transmitido mas cujo conteúdo mais desenvolvido tinha sido transmitido em 4 de Dezembro nos telejornais pois esta comunicação era uma síntese da conferência de imprensa dada em Lisboa por Sá Carneiro nesse dia.
E apenas mais isto: passam hoje, 4 de Dezembro, 30 anos sobre o acidente de Camarate mas, se não me engano nas contas, passam também exactamente trinta anos sobre o sábado - dia de reflexão - em que se realizou com uma longa cobertura em directo pela RTP o funeral de Sá Carneiro, precisamente na véspera da votação presidencial de 7 de Dezembro.

Eu tinha então apenas 16 anos e, vejamos agora o outro lado da história, do que nunca me esquecerei sobre aquele sábado foi da angústia, do nervosismo e do olhar dorido pela incerteza do meu pai, votante de Ramalho Eanes após Carlos Brito, candidato do PCP, ter desistido a seu favor.

Pois é, a cada um as suas memórias.