9 de dezembro de 2010

Continua a árdua batalha do governo PS pelo «Estado Social»: trabalhadores para a rua e com menores indemnizações. É fartar vilanagem !

Pois é,  caríssimos leitores: não são precisos grandes comentários, basta  ler estes parágrafos da notícia do «Público» de hoje:


«Governo admite reduzir indemnizações pagas pelas empresas em caso de despedimento  -
As pressões de Bruxelas parecem estar a surtir efeito. O Governo prepara-se para discutir com os parceiros sociais uma redução das indemnizações pagas aos trabalhadores em caso de despedimento. O objectivo de reduzir os custos suportados pelas empresas, mas a forma como isso irá efectivar-se é ainda uma incógnita.

"É uma matéria em aberto", frisou ontem o líder da UGT, João Proença, no final de um encontro com o primeiro-ministro para discutir uma agenda para a competitividade, o crescimento e o emprego. Já Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, que também se reuniu com José Sócrates, garante que "o Governo não abriu o jogo".

Em causa poderá estar a indemnização paga aos trabalhadores que são alvo de despedimento colectivo ou que rescindem o contrato por mútuo acordo. O actual Código do Trabalho estabelece que a empresa deve pagar, no mínimo, um mês por cada ano de trabalho.

Embora o Governo não tenha dado pormenores sobre as alterações que pretende fazer, uma das hipóteses poderá passar pela criação de um limite máximo para o valor da indemnização - uma exigência que os patrões já colocaram por diversas vezes na mesa da concertação social sem qualquer efeito.

A redução dos custos com os despe- dimentos foi uma das recomendações que a Comissão Europeia fez a Portugal na semana passada. O porta-voz do comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, disse ao Jornal de Negócios que Bruxelas aconselha o Governo a reduzir "substancialmente" as indemnizações que as empresas têm que suportar quando despedem um trabalhador.»
                                                               

E pronto, ora é só lembrar que o que não muda de certeza   é aquela situação dos gestores públicos que, uma vez despedidos, ganham  a integralidade  dos seus salários até ao fim do mandato que tinham e que, à saida da reunião onde  manifestaram este infame propósito, José Sócrates e Vieira da Silva ostentavam, segundo foto no «Público», umas  carinhas muito sorridentes.