Com aquela empáfia que faz parte do seu código genético (embora os seus respeitáveis pais estejam absolutamente inocentes), Vasco Pulido Valente termina hoje no "Público" a sua crónica sentenciando, como sempre sem apelo nem agravo, que «a greve geral não passa de uma homenagem obsoleta a uma tradição morta». Confesso a minha poderosa e devastadora desilusão. É que eu estava à espera que quem está sempre a conduzir-nos para as experiências e lições do século XIX português tivesse acrescentado algo como «O que, aliás, já acontecia no tempo de Fontes Pereira de Melo».