9 de maio de 2012

Se lá nevasse, fazia-se lá ski



Definitivamente há coisas que não devem ser toleradas nem deixar passar em claro. É o caso de umas passagens na crónica de Rui Tavares hoje no Público sobre a Grécia. O autor dá nota que o Syrisa (52 deputados) já conseguiu o apoio da Esquerda Democrática 19 deputados) e «até garantiu pontos de entendimento com com os Gregos Independentes (anti-troika do centro-direita)» que têm 33 deputados.


A seguir escreve, mas logo a seguir se vai esquecer, que «Claro, Tsipras teria também de ter o apoio do PASOK (pró-troika, de centro esquerda» com 41 deputados.

Conhecendo-se o histórico da coisa grega, seria suposto que Rui Tavares nos viesse dizer que aqui é que está o busílis ou a quadratura grega do círculo.

Mas não, Rui Tavares prefere lembrar que o Partido Comunista Grego (26 deputados) já recusou qualquer aliança como Syrisa, concluindo espantosamente (tenha-se em conta o que escrevi sobre o PASOK) que «é assim o KKE atirará de novo o seu país para os braços da troika, de Merkel e da austeridade mais cruel».

Ora, é legítimo que se tenha dúvidas, se discorde ou concorde com a atitude e orientação do KKE mas isso é uma coisa e outra muito diferente é atribuir-lhe responsabilidades que, mesmo no quadro do pensamento e dos factos expostos por Rui Tavares, só se pode basear num raciocínio feito a contar com o ovo no cú de um galo, ou seja, o apoio do PASOK a uma solução governativa dirigida pelo Syrisa.

6 de maio de 2012

Jerónimo de Sousa foi substituído mas ainda não sabe...



No Público de hoje, Paulo Trigo Pereira, um omnipresente economista do estabelishment austeritário, entre outras pérolas, sentencia a dado momento que «no mesmo dia, em Lisboa, o líder comunista e secretário-geral da CGTP cumpre o ritual da manifestação do Dia do Trabalhador, com críticas ao memorando da troika por pôr em causa a democracia e a soberania nacional, esquecendo que foi a quase bancarrota nacional o motivo da perda da soberania.»

Lido isto, apenas três caridosas observações:

Uma para agradecer a Paulo Trigo Pereira a novidade, ignorada por todos os media, de que Jerónimo de Sousa já não é o "líder" do PCP mas sim Arménio Carlos.

Outra para manifestar pena por Trigo Pereira não ter tido espaço para nos explicar se foi o PCP ou a CGTP que estiveram nos governos  que levaram à «quase bancarrota nacional».

E outra ainda para perguntar a Paulo Trigo Pereira quando é que nos deixa em paz com o seu  cansativo "ritual" de artigos sempre e sempre no mesmo sentido.

2 de maio de 2012

Ai Garcia Pereira, de cada vez que falares na televisão, vou-me lembrar desta



Meio aparvalhado e meio surpreso, encontrei hoje em Lisboa este inesquecível cartaz afixado nas paredes:



Se alguém ainda não percebeu, o que este cartaz anunciou foi que, à hora da manifestação da CGTP do 1º de Maio, a sobrevivente rapaziada do MRPP se reunia num hotel em Lisboa.

É obra, carago !

5 de abril de 2012

Declaro solenemente o meu activo repúdio...

Sim, embora ache que este governo é um gangue que torna os irmãos metralha uns meninos de coro, declaro solenemente aqui o meu activo repúdio pela circulação que começou por mail e na Net deste desenho, depois de se saber que também em 2014 os trabalhadores da função pública e reformados levarão o infame corte no subsídios de férias e de Natal.

24 de março de 2012

Uma inocente pergunta dominical aos betinhos da JSD

Carlos Guedes do «cinco dias» descobriu esta peróla de grafismo no facebook da JSD, chamando-lhe justamente «um nojo».

Como é domingo, eu não quero chamar-lhes nomes piores mas apenas lembrar que, hoje em dia, em Portugal já há cerca de 1 milhão e 200 mil trabalhadores com vínculos precários.

E, por isso, só quero perguntar aos betinhos da JSD quando é que ficarão satisfeitos:

- quando chegarem aos 2 milhões ?

- quando chegarem aos 3 milhões ?


Actualização:
Aqui, Shyznogud informa que,
qual cobardolas, os meninos e meninas
da JSD retiraram aquela imagem
da sua página no Facebook.
Mas, azar o deles, esqueceram-se
só que essa imagem está na capa
 da sua moção ao 
Congresso do PSD, 
como se ilustra a seguir.

22 de março de 2012

Por nós e também pelo país !

Ninguém de bom senso e que saiba
como está a vida da maioria
dos portugueses pode ignorar
o que representa para muitos
perder um dia de salário
por fazer greve.

O problema está em que se amocharmos,
se não lutarmos, se não gritarmos
que este processo
de rapina social e de profundo
empobrecimento tem de ser dito,
perderemos muitíssimos mais
dias de salários e, com eles,
justos direitos e regalias
que duramente conquistámos
no passado.

Sim, mesmo com este sacríficio,
está na
hora de, em nome da
dignidade de cada um e
do próprio intesse do país,
dizer BASTA !

14 de março de 2012

É só uma publicidadeZita...

Francamente, não vejo motivo para grande escândalo com a entrada de Zita Seabra no mundo da publicidade ao Pingo Doce. Acaso estarão esquecidos que, por comparação, a Zita Seabra é uma pigmoa ao pé do Gorbachov e que este fez publicidade à Pizza Hutt ( o que mereceu um crónica devastadora da Clara Ferreira Alves no «Expresso») e à Louis Vuitton ?

12 de março de 2012

9 de março de 2012

E o Prof. antifascista deve ter dado três voltas na tumba!


Pelo «cinco dias», «o tempo das cerejas» e «'cantigueiro», fiquei a saber que, graças ao Presidente PS da Câmara de Beja, de seu nome Jorge Pulido Valente, comprovadamente neto de uma grande figura da medicina e do antifascismo portugueses (e aliás associado da Fundação com o nome do avô), o Prof. Fernando Pulido Valente, Presidentes de Câmara do tempo do fascismo vão ter nomes de ruas naquela cidade.

Deste triste e chocante episódio resulta o óbvio: a saber, que nenhum avô, ainda por cima já falecido, tem culpa dos dislates de um neto e que há netos que enxovalham alegremente a memória dos avós.

Fique então aqui, como remate, a tromba deste neto que faz ter saudades do avô.

Jorge Pulido Valente

3 de março de 2012

O encontro de dois Prémios Nobéis

Estejam os leitores descansados que, na sua próxima coluna em The New York Times, o Nobel da Economia, Paul Krugman, explicará detalhadamente quanto aprendeu com Pedro Passos Coelho, Prémio Nobel da Austeridade (ex-aequeo com muitos outros).

28 de fevereiro de 2012

7 de fevereiro de 2012

«Piegas» de todo o país, unamo-nos para mandar este gajo para o c...... !


Houvesse um pingo de decência na mente dos que nos desgovernam e não estivesse em Portugal a democracia tão abastardada e um primeiro-ministro que diz uma coisa destas na dramática situação individual e colectiva que a maioria dos portugueses vive iria rapidamente à vida.

Como assim não será, ao menos que ele possa vir a olhar a foto do Terreiro do Paço no próximo sábado e concluir que ali não há ponta de pieguice mas sim consciência social,  indignação e espírito de luta !