10 de janeiro de 2014

Pa(n)teando Vasco Pulido Valente em vida


.Escrevendo não no «Inimigo Público» mas na última página do «Público», o sempre incontornável Vasco Pulido Valente ocupa-se hoje da momentosa e dilacerante questão do Panteão e começa logo com uma admirada cultura e erudição que nos informa que a coisa, «como tudo o que é mau», nasceu com a Revolução Francesa para depois, no fim,  desembocar numa lista das suas objecções à trnsladação para tal sítio de Eusébio. Até aí, mais ou menos tudo bem e sobretudo nada que me incomode a mim que sobre esta problemática tenho mais hesitações e flutuações de opinião do que certezas. O pior está que, pelo meio, VPV, depois listar os que estão no Panteão, escreve que muitos deles se guerreavam e detestavam e que «se os mortos falassem, concerteza que estes mortos não se falariam». Ora parece-me a mim que desta douta observação devia resultar a alteração da legislação sobre a trasladação de figuras públicas para o Panteão, determinando-se que isso só pode acontecer com pessoas que tenham sido compinchas uns dos outros. Entretanto, como toda a gente sabe, nos cemitérios normais, os mortos falam todos muito bem uns com os outros e dão-se lindamente